Contadores de História no Brasil

No Brasil os trovadores, contadores de historias são conhecidos de diferentes formas. No sertão do Brasil os trovadores são os Bardos do Sertão que viajam com seus poemas de cidade em cidade, recitando para a população. Mais conhecido como “Cordel” esta arte se desenvolveu no interior árido do nordeste do Brasil, em comunidades isoladas que valorizam a linguagem falada e cantada sobre a escrita. Compatível com as formas de arte indígenas de faça você mesmo, os mesmo cantores que criam poemas, inspirados por eventos atuais ou lendas antigas, são normalmente os que imprimem, ilustram e distribuem os cordéis. A literatura popular em versos se desenvolveu no Brasil de forma cultural e necessária, devido ao analfabetismo, pois a escrita é muito nova se comparada a oralidade. Os contadores de história são capazes de levar as notícias para os pobres e não-letrados de uma forma que eles entendam e acreditem no acontecimento mais do que nos jornais ou na televisão. Diante das pesquisas apresentadas, percebemos que desde os primórdios, que o homem para entreter e receber a aprovação e admiração dos que o cercavam usava a arte de contar historias, tornando-se o centro de atenção popular pelo prazer que suas historias proporcionavam.
Malba Tahan nos relata que os grandes iniciantes e contadores de histórias não foram os letrados, os que fizeram curso para este ofício, tão pouco tinham como referência Câmara Cascudo, mas sim, foram avós, babás, pajens que com autodidatismo, encantavam infâncias com suas narrativas. Nesta época as histórias eram encaradas como mero divertimento para a criança, como um recurso para forçá-la a quietação e ao silêncio, ou para adormecê-la, denominado por Tahan, como intermináveis histórias de lengalenga. E que se tornou tarefa de motivação e decisivo para a formação educacional.

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